Sala da Comissão de Constituição e Justiça chama-se, agora, Sala Luiz Paulo

Sala da Comissão de Constituição e Justiça chama-se, agora, Sala Luiz Paulo

Na última sessão no plenário do prédio em que funcionava a Alerj – Palácio Tiradentes -, no dia 1º de julho de 2021, o presidente da Alerj, deputado André Ceciliano, propôs homenagem ao deputado Luiz Paulo, com a indicação de seu nome para a sala 311, de reuniões da Comissão de Constituição e Justiça – CCJ, que passa a denominar-se SALA DEPUTADO LUIZ PAULO. O Projeto de Resolução nº 624 de 2021, que se transformou em autoria coletiva, foi aprovado neste dia 1º de julho de 2021. O deputado Luiz Paulo, surpreso e emocionado, se dirige ao conjunto de parlamentares, em agradecimento pelo respeito demonstrado por seus pares. Segue abaixo seu discurso:

Apoio unânime de deputados à homenagem
“Em primeiro lugar, manifesto minha surpresa com a homenagem proposta por V.Exa, deputado André Ceciliano, presidente da Alerj. Em segundo lugar, acredito que sua proposta, acolhida de coração pela maioria de sras. e srs. deputados, se deu muito mais pela sua generosidade do que por mérito meu. Fico profundamente envaidecido de ter o apoio unânime em uma Casa Legislativa tão diversa, como deve ser o parlamento fluminense.
Quero publicamente pedir desculpas ao deputado Márcio Pacheco, presidente da CCJ, pois não sei se, no lugar dele, teria a mesma paciência para me aguentar. Faço aqui minha autocrítica.

Citação ao companheirismo da deputada Lucinha
Quero citar, também, quem me acompanha na minha trajetória há quase três décadas. A deputada Lucinha está próxima a mim desde quando fui secretário de obras da cidade do Rio de Janeiro, entre 1989 e 1992, na gestão do prefeito Marcello Alencar. A deputada Lucinha sempre esteve nessa trajetória, o que é difícil, porque nunca brigamos, tanto para ela quanto para mim, por termos muitas divergências pelo meio do caminho.

Comovido pela homenagem
Estou comovido por esta homenagem. E gostaria de reafirmar, com muita convicção, de que há muito tempo não vejo na Assembleia Legislativa momento tão rico e fraterno, mesmo no caminho às vezes de algumas divergências indesejáveis.

A liderança conciliadora do presidente da Alerj
E isso devemos à liderança do presidente, porque, apesar de muito mais novo que eu, é um conciliador, qualidade ou defeito que possuo. É muito mais fácil ser radical do que fazer a mediação, do que tentar apaziguar os conflitos. Este momento que vivemos deve-se, também, à sua conduta à frente do parlamento fluminense. E essa homenagem acontece exatamente na última sessão do Plenário Barbosa Lima Sobrinho, no Palácio Tiradentes. É um dia de emoção para todos nós.

A história que o Palácio Tiradentes carrega
Para aqueles que têm muitos mandatos como eu, talvez nos toque mais profundamente na alma, pela história que este espaço carrega. Para os mais jovens, exercendo o seu primeiro mandato, o clima histórico que este parlamento significa tem também importância. Eis que um dia isto foi a Cadeia Velha, para depois ser o parlamento brasileiro. Portanto, todos nós estamos incluídos nessa emoção. E, por tudo isso, a homenagem me toca profundamente.

O vasto trabalho da CCJ
E a Sala 301 é a que se consagrou neste período de muito trabalho, porque toda terça-feira havia reunião da Comissão de Constituição e Justiça. Somente agora, mais recentemente, pós-pandemia, é que essas reuniões se deslocaram para quarta-feira. E é, sem dúvida nenhuma, a Comissão que mais se reúne, devido ao volume de processos que tem. E nunca dá conta do volume total desses processos. Há sempre um parlamentar para dizer: “Meu processo não vai à pauta”? E é justa a reclamação, porque sete parlamentares muitas vezes não dão conta desse volume imenso de projetos. E não é fácil dar parecer em plenário sobre as emendas de plenário. Quando se dá na Comissão, é mais fácil. É, também, tarefa difícil, com o volume de emendas que tem, tentar fazer equilíbrio para construir substitutivo positivo, conciliador e correto. Quero destacar, com estes comentários, que é trabalho digno e difícil ser membro da CCJ, como também ser relator de processos na CCJ.

Lembrando os mais velhos companheiros de Alerj e os amigos presentes
Para concluir, gostaria de agradecer nominalmente, um a um, mas não o farei, porque cometeria injustiça ao esquecer um nome. Vou aqui lembrar do nome dos três mais velhos: Eliomar Coelho, trabalhando remotamente, deputado octogenário; na precedência, vem o Deputado Noel de Carvalho, com 78 anos; e, depois, sou eu, com 75.
E quero agradecer, também, em especial, ao deputado Paulo Ramos, que esteve aqui para me dar um abraço, meu companheiro, deputado federal, que veio de Brasília. E, casualmente ou não, o ex-deputado federal, deputado estadual, aqui, na Assembleia Legislativa, líder do PCdoB, Edmilson Valentim. Homenageando também aos dois, quero agradecer a todos os funcionários da Assembleia Legislativa, que sempre, sempre, dignificam este parlamento. Quero agradecer ao meu irmão, que rende homenagem ao arquétipo de Airá, Marquinho.

Palácio Tiradentes e seus símbolos da mãe África
E, para encerrar, destaco que, se olharmos a marcenaria do Palácio Tiradentes, está cheia de símbolos que, para uns, lembram os romanos, mas, para mim, lembram aqueles que precedem os romanos, que está na Mãe África, que são os nossos escravos, que aqui vieram e trouxeram a cultura dos antepassados, a cultura do candomblé.
Axé para todos e amém para todos!”

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