Luiz Paulo salienta importância do diálogo nos 10 anos do Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Rio

Luiz Paulo salienta importância do diálogo nos 10 anos do Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Rio

A Assembleia Legislativa comemorou hoje de manhã os dez anos do Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Rio. A comemoração contou com o debate “Rio de Janeiro: presente e futuro”, sobre desenvolvimento sustentável, agronegócio, educação, infraestrutura e tributação, no plenário do Palácio Tiradentes. Foram lembradas as atuações da entidade ao longo da última década, como sobre a crise de abastecimento de gás natural veicular. O deputado Luiz Paulo reforçou a importância do Fórum nas questões importantes relacionadas à mobilidade da região metropolitana.

Luiz Paulo salienta importância do diálogo nos 10 anos do Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Rio 1

“Eu sou testemunha ocular, assim como o foi o Repórter Esso, dos dez anos de existência do Fórum de Desenvolvimento Estratégico Roberto Marinho. Esse Fórum foi instalado aqui pelo então Presidente da Casa Jorge Picciani, no justo momento em que eu exercia meu primeiro mandato nesta Casa, com o objetivo fundamental de que o Parlamento Fluminense tivesse um diálogo constante com todos os empreendedores responsáveis diretos pelo desenvolvimento do nosso Estado.

Essa ideia básica vingou positivamente e hoje comemoramos os dez anos de sua existência. Evidencia-se também a necessidade, e outros fóruns já aconteceram aqui, de discutirmos fortemente a questão da sustentabilidade no Estado sob as vertentes do desenvolvimento econômico, social e ambiental.

Vivemos hoje um entrave imenso, sob o ponto de vista da política estratégia de desenvolvimento com sustentabilidade na questão específica da mobilidade urbana. A Região Metropolitana do Estado do Rio de Janeiro, que detém praticamente 74% da população, tem um grave problema de deslocamento, o que aumenta consideravelmente o custo dos transportes. Enfrenta congestionamentos que retardam em muito o período de lazer e de descanso da população, além de produzir poluição sonora; ambiental, pela queima dos combustíveis, e perdas de bilhões de reais justamente pelo consumo excessivo de combustíveis e por horas de trabalho perdidas.

O tema mobilidade urbana nos parece um dos que simbolizam o maior entrave para o desenvolvimento de nosso Estado. Isso se reflete hoje em todas as regiões metropolitanas do País. Por isso, há que se cuidar profundamente dessa questão, principalmente aqui na Cidade do Rio de Janeiro, visto que se avizinha a derrubada do elevado da Perimetral e há a necessidade de se verificar o que isso poderá acarretar de transtornos para a mobilidade da região.

Outra questão central, e vou focar apenas no problema dos transportes, é que neste final de semana fiz um levantamento do número de vias pedagiadas concedidas pelo Governo Federal em nosso Estado e verifiquei que, com exceção da BR-101 Sul – porque a estrada BR-101 Norte é concedida –, nós só temos a ligação Campos-Italva, um trecho da BR-356, sem pedágio; todas as outras são pedagiadas: a BR-040, Rio-Juiz de Fora; a BR-465, Rio-São Paulo; a BR-101 Norte; ponte Rio-Niterói; Rodovia Além Paraíba-Volta Redonda; a rodovia que sai da BR-040, em Saracuruna e vai a Teresópolis e dali a Além Paraíba. Todas as grandes artérias têm pedágio. Isso, evidentemente, também simboliza um aumento do custo dos transportes de carga. Uma visão sistêmica sobre essa questão pode ser uma das grandes discussões que este Fórum pode abraçar.

No mais, louvo esse esforço coletivo de uma década para que todos os temas estratégicos do nosso Estado possam ser profundamente debatidos, amadurecidos para que, quando se decida sobre eles com a devida transparência, possa haver pelo menos um consenso maior da nossa sociedade.

É nesse sentido que cumprimento a todos e, mais uma vez, sou partícipe aqui de quase todos os debates que o Fórum estabelece. Foi uma ideia muito positiva para que possamos, de forma transparente, estabelecermos esse diálogo com as forças produtivas do nosso Estado”.