Luiz Paulo discute crises hídricas e cobra planos de contingência para o Estado do Rio de Janeiro

Luiz Paulo discute crises hídricas e cobra planos de contingência para o Estado do Rio de Janeiro

No expediente final da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro(ALERJ), realizado nesta terça-feira, 10 de abril de 2024, o deputado Luiz Paulo destacou as deficiências no manejo das crises hídricas que afetam a região metropolitana do Rio de Janeiro. Com uma abordagem crítica, o parlamentar relembrou a CPI da Crise Hídrica, da qual foi relator apontando para os recorrentes problemas de poluição nas bacias hídricas que impactam diretamente o abastecimento de água.

 

A deputado iniciou seu discurso lembrando sua participação como relator da CPI durante um dos períodos mais críticos para o sistema. A crise ambiental recente, segundo Luiz Paulo, na bacia hidrográfica do Sistema Imunana-Laranjal, que resultou na contaminação das águas que abastecem importantes áreas como Niterói, Itaboraí, São Gonçalo e Ilha de Paquetá, evidencia uma falha grave no planejamento emergencial do estado. Mais de dois milhões de pessoas ficaram sem acesso à água, um cenário que o deputado descreveu como uma tragédias de grandes proporções.

A situação se agravou com a revelação de que o Instituto Estadual do Ambiente(Inea) e a Polícia Militar estavam em busca do possível poluidor, enquanto a área afetada, já enfrentava as consequências da contaminação por tolueno. Luiz Paulo questionou a ausência de um plano de emergência robusto que evitasse que a água contaminada chegasse às estações de tratamento, onde o problema se torna ainda mais complexo e difícil de manejar.

Durante os discurso, o deputado também criticou a falta de monitoramento eficaz dos diversos afluentes que alimentam os sistemas hídricos do estado, uma lacuna que impede a detecção precoce de poluentes e a rápida intervenção para proteger os recursos hídricos. Além disso, Luiz Paulo falou sobre o histórico de inação e as medidas insuficientes tomadas após incidentes anteriores, referindo-se à compensação ambiental paga pela Petrobras ao governo estadual, cuja aplicação efetiva na prevenção de futuros desastres ambientais permanece incerta.

O debate se estendeu com a participação de outros deputados, que compartilharam preocupações similares e reconheceram a importância de se discutir e implementar soluções concretas para os problemas de gestão hídrica do estado. O consenso foi a necessidade urgente de políticas públicas que transcendam os governos de turno e estabeleçam protocolos de emergência e manutenção preventiva, garantindo a segurança hídrica e ambiental para as gerações presentes e futuras.

O deputado Luiz Paulo concluiu seu discurso fazendo um apelo para que as autoridades estaduais tratem a questão com a seriedade necessário, desenvolvendo e aplicando um plano de contingência eficaz para proteger a população e o meio ambiente de futuras crises.  Ele reiterou a importância de uma fiscalização contínua e de investimentos adequados na infraestrutura ambiental e hídrica do estado.

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