Supera Rio e despesas com contratação de escolas de samba e publicidade, por Luiz Paulo

Supera Rio e despesas com contratação de escolas de samba e publicidade, por Luiz Paulo

Aproveito este expediente final de 15 de junho, para falar de ação conjugada minha com a deputada Martha Rocha, em relação ao Supera Rio. O programa, de autoria do deputado André Ceciliano, foi aprovado na Alerj e toda a nossa intenção era de que tivesse início em 1º de abril de 2021. O governo estadual levou mais de 60 dias para colocar em prática, e começou a operar a partir de 1º de junho; ou seja, subtraiu dois meses de recursos, na ordem de R$ 250,00 a R$ 300,00, de acordo com o número de filhos, para quem está necessitado. O governo não considerou a máxima do Betinho de quem tem fome tem pressa.

R$ 4 milhões para escolas de samba

E mais: quando o programa saiu, para nossa surpresa, veio com dois fatos surpreendentes: o primeiro, envolvendo as escolas de samba, que estão levando quase R$ 4 milhões. Por que foram escolhidas escolas para distribuir os cartões? Evidentemente, isso precisa ser explicado, porque as prefeituras de todos os 92 municípios têm estrutura para fazer essa distribuição. Não há necessidade do uso de escola de samba nenhuma. Isso foi um ato meramente político e eleitoral; não visou àqueles que têm pouco poder aquisitivo.

R$ 25 milhões para publicidade

Mas não é só isso que nos surpreendeu. Já fizemos e assinamos pedido conjunto, eu e a deputada Martha Rocha, ao governo do estado para que explique, além da contratação dessas escolas de samba via Liga, com cópia do inteiro teor do processo, por que motivo foram gastos R$ 25 milhões em publicidade televisiva e de radiofonia. As duas despesas que, somadas, já batem, praticamente, R$ 30 milhões, para publicizar que está ajudando os mais pobres, como se isso fosse necessário. Por que não se transformou esses R$ 30 milhões em mais auxílio emergencial? Seria, sem dúvida, de muito mais utilidade.

Queremos deixar claro que estamos tomando as providências devidas, porque não concordamos com o encaminhamento que o governo deu ao projeto de lei que nasceu na Alerj. Seu berço de origem não foi o Executivo.

E voltar a lembrar que esses recursos poderiam ser dirigidos a muitas famílias do Programa Supera Rio. 

Deixe um comentário