O fumo e seus riscos, por Luiz Paulo

O fumo e seus riscos, por Luiz Paulo

O fumo e seus riscos, por Luiz Paulo
Sr. presidente, deputado Val Ceasa, sras. e srs. deputados que nos assistem pela TV Alerj, que nos acompanham de forma presencial ou remota. Quero me dirigir hoje aos nossos telespectadores e aqueles que estão nos assistindo presencialmente para falar sobre tema que acho importantíssimo e que diz respeito à saúde pública do nosso Estado do Rio de Janeiro. Não sem antes cumprimentar a nossa intérprete da Língua de Libras que leva a nossa voz aos deficientes auditivos.

Dia de combate ao fumo e seus riscos na saúde
Hoje, estamos comemorando o dia de combate ao fumo. Não ao fumo como planta que dá no campo e que podemos admirar, mas ao consumo do fumo. Em linguagem mais popular, ao cigarro e seus derivados: cachimbo, charuto e, hoje, até os cigarros eletrônicos. Os cigarros causam muitos problemas à saúde da população brasileira e fluminense. Entre esses problemas existem doenças cardíacas; temos o câncer, principalmente o pulmonar; e o cigarro influencia muitos outros órgãos do nosso corpo humano, inclusive os órgãos reprodutores.

Os impactos financeiros do tabagismo
Mesmo assim, com todo o impacto que o tabagismo produz, vemos no noticiário que uma das receitas que é burlada no estado é a receita do ICMS pelo contrabando de cigarro oriundo, em geral, do Paraguai. O fumo impacta não somente na saúde, mas traz também os impactos financeiros, quer sejam pelo desvio de recursos do contrabando, mas, principalmente, pelos gastos que cada cidadão tem, e o estado, como um todo, na saúde pública.

A perda de vidas
Em nosso país 443 pessoas morrem, por dia, por causa do fumo. Por ano são 161 mil pessoas que perdem a vida. O tabagismo é o terceiro fator de risco para anos de vida perdidos em nosso país.

Um estudo que foi feito – e não poderia deixar de ser por uma universidade inglesa, a Bristol – afirma que cada cigarro fumado diminui 11 minutos de sua vida. Imagine, fazendo contas rápidas, quem fuma uma carteira de cigarro por dia são 20 cigarros, vezes 11, dá 222. Arredondando, cada carteira de cigarro tira duas horas de vida do fumante. É um dado absolutamente expressivo.
O gasto com as doenças derivadas do tabagismo e saução a Dorlelles
Em publicação do Instituto de Efetividade Clínica e Sanitária, em 2020, estimou-se que o Brasil gasta, com as doenças derivadas do tabagismo, 125 bilhões ao ano. É cifra estrondosa, mais do que o orçamento do estado anual, que está na ordem de 100 bilhões, ou seja, equivale a 23% de tudo o que Brasil gastou para enfrentar a pandemia em 2020, que foi 524 bilhões. Esses números mostram que uma das grandes questões bem suscitadas pelo governo federal já há tempos foi a proibição de fumar em todos os recintos fechados e colocar nos maços de cigarro o mal que o fumo faz para a saúde. Mesmo assim, o índice de fumantes ainda é muito grande. Então, neste dia, se faz necessário repercutir essa questão e assim estamos fazendo.

O legado do senador e governador Dornelles
Antes de concluir, vejo aqui em plenário o deputado Dionísio Lins. Estive com V.Exa., a última vez que o vi, na sexta-feira, por volta das 11h30, no velório do nosso senador e governador Dornelles e lá verifiquei, pois fui prestar a minha homenagem, a tristeza no semblante de V.Exa. Como V.Exa. falou aqui é como se tivesse perdido um pai adotivo. Mais do que um pai adotivo, um líder político, uma referência.

Vi a repercussão da morte de Dornelles em todos os jornais, ou seja, na mídia escrita, falada e televisada, e não ouvi nenhum comentário nefasto. Todos os comentários foram elogiosos, quer seja pela qualidade no desempenho das mais diversas funções, quer seja por sua forma cortês de lidar não só com a política, mas com os seres humanos como um todo. Dornelles ao morrer, aos 88 anos, e poderia viver mais, deixa, de fato, um legado muito positivo para a política brasileira e para a política fluminense. Todas as homenagens, no meu entendimento, foram poucas para uma figura pública que honrou todos os cargos que ocupou.

Então, queria fazer referência, porque vi V.Exa. em plenário e, diga-se de passagem, desde que lhe conheço, aqui no parlamento, V.Exa. sempre teve com o Ministro Dornelles, já estou indo para 1995, 1996, uma relação de profundo respeito e admiração.

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