O deputado Luiz Paulo abordou mais uma vez a questão da derrubada da perimetral e do problema que isso trará ao transito na região metropolitana. Ele salientou que não é apenas o trânsito na via de acesso à Linha Vermelha e Av. Brasil que será afetado.
“Subo ao púlpito do plenário para fazer a menção ao início, no dia de ontem, de um grande desastre para a cidade do Rio de Janeiro e para a sua Região Metropolitana, principalmente para Niterói, São Gonçalo, Baixada Fluminense e Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro.
O prefeito Eduardo Paes deu início à demolição da Avenida Perimetral, um crime contra o erário, porque serão desperdiçados mais de R$ 1,5 bilhões e se promoverá o caos no trânsito da cidade do Rio de Janeiro e até mesmo na nossa Região Metropolitana. Tanto é que, mal iniciou o processo de demolição, o fechamento parcial do elevado foi adiado para depois do dia 18, isto é, pós Carnaval.
Temo que essa obra possa vir, na hora dos picos matutino e vespertino, paralisar a Avenida Brasil, a Linha Vermelha, a Ponte Rio Niterói e toda a região em torno da área portuária, isto é, Avenida Rodrigues Alves, Avenida Francisco Bicalho e, até mesmo, afetando diretamente as Avenidas Presidente Vargas e Rio Branco. E venho falando sobre isso continuadamente. Até na nossa TV Alerj já debati esse tema com o Deputado Luiz Martins que, naquela oportunidade, também se mostrou contrariado com a presente decisão do Prefeito de demolir o elevado da Avenida Perimetral.
Quiçá essa intervenção urbanística danosa de demolição, com a proporção que gerará no tráfico urbano, poderá representar um calvário para a nossa população, mas também poderá, esse malfadado túnel que o Prefeito Eduardo Paes quer construir em alternativa à demolição da Perimetral, ser o seu próprio sarcófago.”
Luiz Paulo ainda afirma que o prefeito está com mania de grandeza, ao querer fazer um projeto de grandes proporções, mas que sua justificativa é fraca. E que depois do carnaval, o caos será total!
“O jovem político de muito êxito que é o Prefeito Eduardo Paes, talvez tenha ainda quarenta e poucos anos, com uma ascensão meteórica, foi, seguramente, picado pela doença dos faraós: busca a grandiosidade. Já que não pode construir as pirâmides de Quéops, Quéfren e Miquerinos, ele procura fazer da recuperação da área portuária um projeto megalômano. O argumento que ele utiliza para derrubar a Avenida Perimetral é o argumento estético, que da área portuária, dos prédios novos, vai-se descortinar a Baía da Guanabara, quando não é verdade, porque se demolida a Perimetral, Deputado Nanci, não se vai descortinar a Baía de Guanabara, porque vão restar, à frente dela, todos os armazéns da área portuária.
Quer dizer, o argumento é um blefe. Então, não há argumento estético. É um blefe! Quando se tirar o congestionamento de cima do elevado e o colocar dentro de um túnel, vai-se aumentar esse congestionamento, porque vai ser necessária uma rampa para descer no túnel e outra para sair do túnel. O confinamento dentro do túnel também diminui a capacidade, diminui o fluxo de veículos, pelas restrições laterais.
Por isso, digo que temo que essa destruição da Perimetral, esse investimento faraônico de R$1,5 bilhão possa vir a ser o sarcófago do Prefeito Eduardo Paes, um sarcófago prematuro para um jovem político de êxito. Então, seria necessária uma reflexão sobre isso, e não o açodamento, como essa decisão está sendo tomada.
V. Exas. hão de verificar, pós 18 de fevereiro, os níveis de congestionamento que teremos no pico matutino e vespertino para todos aqueles que demandarem a Zona Oeste do Estado do Rio de Janeiro, a Baixada Fluminense, e, via Ponte Rio-Niterói, a Niterói-São Gonçalo e Itaboraí, fora os reflexos em toda a área central da nossa Cidade.
Mais uma vez, venho a público fazer um apelo ao Prefeito da Cidade do Rio de Janeiro, para que ele respeite o erário, para que ele respeite a população Fluminense e não perturbe mais ainda o caótico trânsito da nossa Cidade. O preço será imenso em horas e horas de congestionamentos, tirando os momentos de descanso e lazer da população, dando vazão a se queimar mais combustíveis na contramão do conceito de sustentabilidade.”
