Em Brasília, da distribuição dos royalties ao coronavírus
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Em Brasília, da distribuição dos royalties ao coronavírus

por Luiz Paulo

Na terça passada, saí no primeiro voo para Brasília, como representante do presidente da Casa, deputado André Ceciliano, para uma reunião da Unale –  União Nacional das Assembleias Legislativas, cujo tema central era acelerar a votação do PLP 511, de 2018, projeto de lei complementar que está no Congresso Nacional e que regulamenta a Lei Kandir, que é uma necessidade de grande parte dos estados brasileiros, no que toca à distribuição do royalties do petróleo.

Será adotado o modelo que Minas Gerais teve a iniciativa de criar: produz-se  um documento pedindo a votação desse PLP, com a assinatura de todos os deputados estaduais, federais, senadores, governadores, Tribunais de Justiça, Ministérios Públicos, Tribunais de Contas etc. Esperamos que isso, chegando do Brasil inteiro, possa ser a pressão necessária para que tenhamos alguma forma de deixar de perder o volume de dinheiro a que nos levou a Lei Kandir, que, de 1997 até a presente data, já chegou à casa dos 70 bilhões de reais, no Estado do Rio de Janeiro, e, em todas as unidades da federação, à casa dos 700 bilhões de reais aproximadamente.

Ações integradas nacionais na crise do coronavírus

Mas lá também, como não poderia deixar de acontecer, foi discutida a crise que vivemos, causada pelo coronavírus. Todas as assembleias legislativas do Brasil preocupam-se com o tema. O Congresso Nacional também. As medidas que têm que ser tomadas, no campo da decisão política, têm que seguir as orientações científicas. Porque quem vai derrotar o coronavírus é a ciência.

Mas a ciência, para ser aplicada, precisa do apoio de todos os Poderes, e precisam aplicar-se no Brasil inteiro, porque agora a questão não é só especificamente de circulação do vírus vindo de outros países, é circulação local.

Então, dentro das medidas que a Alerj tomará – suspender audiência pública, sessão solene, reuniões do Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Rio de Janeiro, a visitação à Casa – enfim, diminuir o número de pessoas que frequentam a Assembleia, são medidas necessárias que o Brasil inteiro vai tomar.

Suspensão de viagens

Mas há a necessidade, a partir de hoje, que se sustem as viagens de avião, quer sejam viagens nacionais ou internacionais. E viagem nacional por quê? Alguém pode dizer assim “Ah, mas e o transporte público?”. Transporte público é contaminante, sim, mas tem curta duração e as portas abre e fecham; os aviões são absolutamente fechados e não há troca de ar, e os aeroportos também são pontos de grande aglomeração, diga-se, de passagem, que o aeroporto de Brasília está lotado e o Santos Dumont também.

Tudo pela ciência

Tudo isso tem que ser guiado pela ciência, para que possamos, de fato, ajuda-la com apoio político, apoio financeiro, com todos os tipos de apoio para minorar o drama que vai viver a população brasileira.

Então, por isso que há necessidade dessas medidas terem caráter geral, serem medidas de todos os Poderes. O presidente da Alerj retornou da sede do governo do Estado, após participação em reunião, para que possamos trabalhar junto. Esse é momento de unidade, da apoiar as decisões que a ciência, através do Ministério da Saúde, das Secretarias de Saúde, enfim, vai ditando e devemos caminhar todos juntos.

A nossa vulnerabilidade nessa crise exige união

Nesse momento, estamos todos vulneráveis, mas, evidentemente, os que o são mais são os idosos. Esta é a ponta avançada dessa fragilidade. Precisamos, então, ter um enfoque em relação a essa questão.

O Brasil inteiro, em todas as Assembleias, em algumas Câmaras de Vereadores e no próprio Congresso Nacional, está e precisa estar envolvido neste tema.

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