CPI da crise fiscal cobra data do Governo para enviar proposta de renovação do Regime de Recuperação Fiscal

CPI da crise fiscal cobra data do Governo para enviar proposta de renovação do Regime de Recuperação Fiscal

Durante a audiência publica promovida pela CPI da Crise Fiscal, presidida pelo deputado estadual Luiz Paulo, realizada nesta segunda-feira, 6 de maio, um dos representantes do Conselho de Supervisão doRegime de Recuperação Fiscal (RRF), Paulo Roberto Pereira, disse que o Governo está demorando a enviar para o Conselho uma proposta de renovação do RRF, que suspendeu o pagamento do serviço da divida do Estado com a União de setembro de 2017 até  setembro de 2020.

Para ele, o plano de ajuste do estado pode não ser renovado por mais três anos, até 2023, como era previsto inicialmente, isso porque o Estado do Rio vem descumprindo as metas acordadas com a União. Entre as medidas que tiveram resultado insatisfatório, no parecer do Conselho de Supervisão estão à licitação das linhas de ônibus intermunicipais e a antecipação da renovação da concessão da CEG.

O presidente da CPI, deputado Luiz Paulo (PSDB), cobrou uma data do subsecretário de Política Fiscal da Secretaria de Fazenda (Sefaz), Leonardo Lobo para enviar a proposta de renovação do plano para a Alerj. Ele lembrou que o mês de setembro quando serão votados a Lei Orçamentária Anual (LOA) e o Plano Plurianual (PPA), ambos referentes ao orçamento do Estado.

“O plano de renovação do RRF parece que ainda está em estágio embrionário. Ele deverá ser enviado até o dia 30 de setembro, quando começa a votação da LOA e do PPA na Alerj”, disse o deputado estadual Luiz Paulo.

O pagamento do serviço da divida com juros e amortização com a União começa a ser feito a partir de setembro de 2020 e o valor calculado é de R$ 6,5 bilhões. O sub secretario de Fazenda disse que a intenção do Estado é mudar a regra da Lei complementar que criou o RRF e uma sugestão será encaminhada para o Ministério da Economia.

O deputado disse que se a Lei não for alterada em 2021, o Estado terá que ter R$ 13 bilhões para quitar o serviço de sua divida com a União.

 “Estão cobrando juros em cima de juros. A taxa selic já inclui juros. O governador  Witzel deveria ter uma ação de Estadista. As discussões têm sido supérfulas. O essencial que é a crise econômica tem sido deixada de lado. Com mais de 100 dias do governo, o governador está se preocupando com discussões miúdas, fora do propósito. Querer abater criminosos com snippers, saber quem fica responsável pela passarela do samba e com turismo religioso”, disse o deputado Luiz Paulo.

Luiz Paulo ainda afirmou que irá convidar para prestar esclarecimentos a equipe responsável pela inclusão do Rio no RRF em 2016, entre eles o ex secretário da Casa Civil, Christino Áureo, o procurador-geral do Estado na época, Leonardo Espíndola e o ex- secretário de Fazenda, Gustavo Barbosa.

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