Comissão de Tributação encaminhará oficio para que projeto de lei sobre exploração de rochas ornamentais seja tratado na Alerj

Comissão de Tributação encaminhará oficio para que projeto de lei sobre exploração de rochas ornamentais seja tratado na Alerj

A comissão de Tributação, presidida pelo Deputado Luiz Paulo realizou na manhã desta quinta-feira, 6, audiência pública para tratar da exploração de granito ornamental no Norte e Noroeste Fluminense, com a presença também das comissões de meio ambiente, assuntos municipais e orçamento. Foram abordados aspectos tributários e ambientais da exploração.

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A motivação veio por intermédio do Coordenador do Fórum Empresarial de Rochas Ornamentais do Sistema Firjan Mauro Varejão, que encaminhou oficio à comissão para que este assunto fosse abordado. Ele salientou a importância da exploração de pedras ornamentais para o noroeste e norte do estado, em especial o município de Santo Antonio de Pádua, citando a geração de empregos, com preocupação do meio ambiente e que deseja que a atividade seja completamente regularizada, pois o que atrapalha o pequeno empresário, não é a carga tributária, que está em 5% no momento do beneficiamento, mas sim a exigência de estudo de impacto ambiental, bem como o relatório, EIA/RIMA.

A representante do Departamento de Recursos Minerais –DRM, Débora Tocci, abordou que a região norte e noroeste tem grande potencial para a exploração, mas que ainda existem empresas atuando na ilegalidade e que redigem o Termo de Ajuste de Conduta, TAC, para regularizar a situação das mesmas. Também afirmou que a região tem a predominância de matéria prima de granitos e mármores, inclusive calcário, que serve para a indústria cimenteira.

O subsecretário da Secretaria do Meio Ambiente, Luiz Firmino trouxe a informação de que desde o meio do ano passado (2012) uma decisão judicial derrubou um artigo da lei 1356/1988 em que não pode dispensar nenhum de estudo de impacto ambiental. Para o órgão o problema não é apenas conceder licenciamento, mas também a fiscalização. A sugestão foi incluir na lei 6373/2012 ou criar um projeto de lei que dispense o EIA/RIMA em áreas com até 5 hectares.

O Secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Julio Bueno, afirmou que sabe do potencial do setor para crescimento e que adotou desde que está na secretaria, medidas para possibilitar o crescimento, mas o setor não cresceu como esperado e que sabe que precisa haver legislação para possibilitar o desenvolvimento de forma sustentável.

O deputado Luiz Paulo afirmou ao final da reunião que encaminhará, pela comissão, um oficio para o presidente da Alerj,para levar ao Poder Executivo uma proposta de um projeto de lei que trate da matéria.

“a audiência publica explicitou algumas contradições em relação a essa atividade. Esse oficio pretende tratar desse assunto sob o ponto de vista socioambiental, e econômico. Primeiro seria necessário dizer que projetos e que áreas você vai dispensar o EIA/RIMA para ter a análise do projeto executivo de exploração da área, limitando a mesma em até 5 hectares. Segundo quesito diz respeito à possibilidade de fazer os estudos socioeconômicos e geológicos podem ser exploradas as jazidas e que não podem.

Por exemplo: a região metropolitana não pode ter exploração de rochas mas pode ter empresas de beneficiamento.

Terceira questão é que precisa ter um programa de financiamento para fomentar de forma equilibrada essa atividade econômica, questão que a secretaria de desenvolvimento econômico pode cuidar.

Quarto é que quando o projeto de lei vier para a Casa , antes de ser votado deverá ter audiências publicas, uma delas, necessariamente em Santo Antonio de Pádua, e que estejam presentes o Ministério Público Federal e o Ministério Público Estadual e os ambientalistas que trabalham essa questão na região.

E por ultimo, é sabido que o Senado deseja reduzir a alíquota interestadual de 12 para 4%. Deve-se ter o cuidado para que a alíquota interna seja sempre menor que a praticada interestadualmente.”

Compareceram ainda o prefeito de Santo Antônio de Pádua, Josias Quintal, representantes dos sindicatos das empresas de rochas ornamentais, e os deputados João Nacif, Clarissa Garotinho, Janira Rocha e André Ceciliano.