BR-101 será duplicada e o gasto será da população

BR-101 será duplicada e o gasto será da população

A Autopista Fluminense, do grupo OHL, empresa que administra a concessão da BR101-Norte foi convidada a explanar as ações presentes e futuras para a conservação e duplicação da BR101-Norte, trecho que corta diversos municípios do Rio de Janeiro, interligando- as até a divisa com Espirito Santo. A audiência publica foi realizada pela Comissão dos Transportes em conjunto com a de Assuntos Municipais e Desenvolvimento Regional.

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O objetivo da reunião foi acompanhar o contrato da concessão, bem como o cronograma das obras e melhorias da rodovia. Dentre as modificações previstas estão a antecipação das duplicações para melhorar o fluxo dos veículos, bem como criação de trevos, principalmente no trecho que liga rio bonito a campos. Com relação a essa cidade, o representante da OHL, José Gallo, afirmou que será necessário construir um desvio na estrada para poder dar conta do fluxo.

O deputado Luiz Paulo, presente durante toda a reunião, se mostrou profundamente preocupado com a explanação da empresa, principalmente quando foi apresentado o projeto de duplicação na área da Av. do Contorno em Niterói, que terá seu projeto invertido. Por pressão dos donos dos estaleiros, ao invés do projeto duplicar na área dos estaleiros,terão que ser feitas desapropriações de pelo menos 103 famílias na comunidade próxima à rodovia, bem como cortar a rocha ali existente a frio. Luiz Paulo afirmou que essa mudança onera, senão dobra o valor da obra originalmente estimada e “em concessão não existe milagre”, logo esse custo terá que ter uma das três destinações possíveis: ou o governo repassar verba, o que não acontecerá, ou o prazo da concessão é estendido, o que também não ocorrerá, pois a concessão está no inicio ou repassa esse gasto diluído ao povo. O representante da ANTT, João Pereira , confirmou que dentre as três possibilidades, a que será posta em prática, com certeza é o repasse desse valor da obra ao contribuinte, diluído, provavelmente no valor do pedágio que será cobrado.

“Nós vamos pagar a conta por uma decisão que não foi nossa”-completa Luiz Paulo, salientando o fato que até a presente audiência não havia sido apresentada essa inversão aos parlamentares, ao povo fluminense, muito menos consultado se esse projeto seria viável.