A luta das mulheres e a crise na Ucrânia, por Luiz Paulo

A luta das mulheres e a crise na Ucrânia, por Luiz Paulo

Cumprimento o sr. presidente, sras. deputados e srs. deputados, senhoras e senhores telespectadores. Queria também cumprimentar o nosso intérprete da linguagem de Libras que leva a nossa voz a todos os deficientes auditivos que nos acompanham.

Saudação às deputadas e assessoras neste 8 de março

Quero saudar pelo dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, inicialmente, todas as deputadas presentes que se manifestaram aqui intensamente na ordem do dia e nas suas lutas específicas em relação à emancipação, à garantia aos direitos, contra o machismo, o sexismo. Temos aqui a deputada Tia Ju; deputada Martha Rocha, com longo cabedal sobre esse tema; deputada Lucinha; deputada Alana Passos; deputada Enfermeira Rejane; deputada Dani Monteiro, que ainda há pouco conversava comigo sobre as nossas universidades; deputada Renata Souza; deputada Adriana Balthazar, que esteve no expediente inicial; deputada Paula Tringuelê, que recentemente chegou aqui no parlamento fluminense, mas tem que ser registrada a presença e a luta história dela como mulher; deputada Franciane Motta; deputada Zeidan, já a abracei e vi a assessoria da mesma; mas faltou aqui a deputada Rosane Félix, que também é profundamente atuante.

Saudando todas essas deputadas, quero também saudar todas as assessoras que estão aqui, inclusive representando o meu gabinete, a Gabriela e a Paula, e todas as assessoras do parlamento e as mulheres que nos ouvem.

Machismo e o sexismo estão cada vez mais atuantes

De um lado, a gente cumprimenta as lutas, porque ela, realmente, é travada, mas de outro lado queria afirmar que o machismo e o sexismo estão cada vez mais atuantes, infelizmente. O número de estupros registrados pela polícia civil é crescente; as agressões registradas pelas denúncias, consoante a Lei Maria da Penha, também são; as delegacias de proteção à mulher, criadas em muito boa hora, cada vez mais recebem queixas.

O vil comportamento de um deputado estadual de SP

Como disse no expediente inicial, se isso tudo foi amenizado, essa luta acabou sendo profundamente agredida com o comportamento vil do deputado estadual Arthur do Val, que saiu de São Paulo e foi para divisa da Ucrânia com a Polônia dizendo que ia prestar ajuda humanitária, quando, na verdade foi lá para aparecer e atrapalhar.

Machismo horroroso

Não satisfeito, colocou na sua rede comentários sobre a fila de refugiados. Absolutamente uma indignidade inaceitável. Como um deputado jovem, que se dizia representar a renovação, consegue colocar aqueles que são mais antigos ruborizados com o que ele falou, de um sexismo, de uma mediocridade, de um machismo horroroso?!

Que o parlamento paulista reaja à altura

Mas tenho a esperança de que o parlamento paulista casse o mandato dele, no mínimo, porque às vésperas do Dia da Mulher insultou todas as mulheres, porque, no momento de uma guerra, o olhar deste vil deputado foi de colocar a mulher como mero objeto. A reação da sociedade, principalmente das mulheres, foi muito forte. Compete a nós, que somos homens, também repudiar esse comportamento, porque a luta contra o machismo é das mulheres e dos homens para rever os seus conceitos.

Mães, avós e filhos entre o 1,5 milhão de refugiados

Para terminar a análise da guerra, o que tenho feito todos os dias, lembro que 1,5 milhão de refugiados da Ucrânia são, em grande maioria, mães, avós e filhos, porque os homens ficaram na Ucrânia, na resistência. Então, são as avós, as mães e as crianças expulsas por uma guerra abjeta orientada pelo Putin, ditador maior da Rússia.

Muitos do parlamento que se dizem de direita ou de esquerda não se posicionam, usando linha de argumentação pífia, porque nada pode justificar a guerra. A guerra nos leva a atos de atrocidade, de desumanidade. 

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