A importância do Museu Histórico Nacional e do Palácio Tiradentes, por Luiz Paulo

A importância do Museu Histórico Nacional e do Palácio Tiradentes, por Luiz Paulo

Saúdo, inicialmente, a sra. presidente, deputada Tia Ju, senhoras e senhores telespectadores da TV Alerj, senhor intérprete da linguagem de libras que leva a nossa voz aos deficientes auditivos, 

A Medalha Tiradentes ao Museu Histórico

Hoje, dia 18 de maio, às 11h30, presidi solenidade no Museu Histórico Nacional, aqui ao lado, na antiga Ponta do Calabouço, para a entrega àquela instituição da maior honraria da Alerj que é a Medalha Tiradentes, bem como Moção de Congratulações a quatro ex-diretores do Museu Nacional. E por que foi conferida a Medalha Tiradentes ao Museu Histórico Nacional numa solenidade muito bonita e muito participativa?

A falta de repercussão dos 200 anos da independência do Brasil em 2022

Em 2022, ano em curso, especificamente, no dia 7 de setembro, estaremos, em tese, comemorando 200 anos da independência do Brasil. Não tenho visto repercussão desse importantíssimo momento histórico do nosso país. 

O centenário da independência em 1922 na Ponta do Calabouço

Quando se comemorou o centenário da independência, em 1922, numa grande exposição internacional, muito visitada, o local escolhido foi a então Ponta do Calabouço, onde parte desse histórico local é o Museu Histórico Nacional.

E, exatamente em 1922, em outubro, em torno de 30 dias depois da comemoração do centenário da independência, foi criado o nosso Museu Histórico Nacional, que tem acervo importantíssimo, talvez a maior coleção de retratos, em diversos momentos, da figura de Tiradentes, incluindo até mesmo um pedaço das grades da cela onde esteve preso, além de acervo da história geral do nosso país. É museu preocupado com os movimentos históricos, mas também com a história contemporânea. 

A importância da preservação da história

Se não preservamos nossa história, seremos incapazes de entender o presente e projetá-lo para o futuro. O que mais vejo, muitas vezes, são gestores ou até mesmo parlamentares que acham que a história do Brasil começa com a chegada deles, ou no poder ou no parlamento. A nossa história, em tese, começa em 1.500.

É importante preservarmos o patrimônio histórico e cultural, preservar a cultura e os museus. Frequentar os museus é importantíssimo, porque é forma de transmitir essa história para aqueles que estão chegando, principalmente a juventude, e a nossa história do Brasil é riquíssima em fatos e atos. O parlamento fluminense esteve, até pouco tempo, no Palácio Tiradentes, do lado do Paço Imperial – Palácio Tiradentes, ex-cadeia velha – que, junto com o Banco do Brasil, o Museu Histórico Nacional, entre outros, formam o corredor cultural do centro do Rio de Janeiro.

Momento de narrativas

Como vivemos hoje na era digital, o momento político é de narrativas as mais diversas possíveis. Deputada Tia Ju é testemunha ocular do final triste da sessão da Alerj de ontem, dia 17 de maio, na qual ficou claro que aqui prevalecem narrativas e não a verdade dos fatos. Cada um discursa para o seu próprio público e não para esclarecer, de uma forma geral, a sociedade fluminense.

A importância da visitação a museus

Por isso, considerei que devia vir a plenário para exatamente realçar a importância do Museu Histórico Nacional e conclamar todos à visitação, porque só se pode avaliar de fato o espaço arquitetônico histórico, os átrios e toda a exposição quando se vai lá, porque, sem ir, não se consegue verificar a importância. Embora hoje exista também a visita digital. 

O restauro do Palácio Tiradentes

Concluindo, cito o trabalho que está sendo feito no restauro do Palácio Tiradentes, ou seja, colocar o Palácio Tiradentes com a mesma configuração histórica que tinha quando foi inaugurado. Esse restauro já formou gente para nele trabalhar, para que, num curto espaço de tempo, que não sei dimensionar, seja também o nosso Palácio Tiradentes um centro para visitação, para que os visitantes possam acessar o belo acervo que representa o Palácio em si, sob o ponto de vista arquitetônico, mas também os acervos históricos que podem estar contidos em diversas exposições no âmbito do mesmo, integrando o que  chamo esse belíssimo corredor cultural do Centro Histórico da Cidade do Rio de Janeiro.

Rendo as minhas homenagens ao Museu Histórico Nacional pelos seus 100 anos de existência prestando serviço à sociedade carioca, fluminense e brasileira.

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