Luiz Paulo salienta que problema de mobilidade vai além dos transportes

Luiz Paulo salienta que problema de mobilidade vai além dos transportes

O deputado Luiz Paulo abriu seu discurso na tarde desta terça-feira falando da enorme fragilidade na área de energia.

Luiz Paulo salienta que problema de mobilidade vai além dos transportes 1

“Como é sabido, ontem, o Brasil foi objeto de grande apagão que afetou o Estado do Rio de Janeiro e desta vez a queda da energia não se deveu, na capital, à Light e nem no interior à Ampla.

Deveu-se ao sistema operacional do nosso País, mostrando claramente o limite do sistema na produção de energia. Todas as termelétricas, possivelmente – digo possivelmente porque não posso provar -, estariam ligadas.

Este quadro já aponta neste ano de 2014 para um aumento do custo de energia, que seguramente será na ordem de dez pontos percentuais. A Presidente da República gastou rios de dinheiro para subsidiar a tarifa de energia e para fazer propaganda de si própria em cadeia de rádio e televisão.”

Luiz Paulo lembrou que energia tem tudo a ver com a mobilidade.

” Há alguns anos, apresentei um Projeto de Lei a esta Casa, que foi aprovado pelo Plenário – foi à sanção do Governo e foi vetado – em que eu pedia, pelo caos do sistema de transportes, que o Governo começasse a estudar para implantar, em curtíssimo prazo, um gabinete de gestão de crise de deslocamento que este priorizasse o reescalonamento de horários.

O reescalonamento de horários de trabalho, teria, na nossa Região Metropolitana, um duplo objetivo. O primeiro seria a economia de energia e o segundo uma melhor distribuição, ao longo do dia, do fluxo de transporte nos diversos modais. Essa técnica já é usada há muitos e muitos anos, principalmente aqui no Brasil, visando às crises de fornecimento de energia. Mas agora poderia ter essa dupla função, quer seja da economia de energia, quer seja para diminuir os volumes de congestionamentos na nossa Região Metropolitana.

Mas não vejo uma voz do Governo, dessa incompetência que assombra a nossa Região Metropolitana do Estado, na área da mobilidade, eles falarem algo ou escreverem uma linha sobre a possibilidade sequer remota de haver um reescalonamento de horário. Medida que agradaria a todos: à produção e aos trabalhadores; aos trabalhadores e ao processo produtivo.

É um Governo que, na área de transportes, não tem nenhuma criatividade. E olha, que daqui a apenas poucos dias, no dia 16, estão previstos, pelo Prefeito da cidade do Rio de Janeiro, do Governo Somando Forças, o fechamento do mergulhão da Praça XV e a implantação da mão dupla na Avenida Rio Branco somente para táxis e ônibus. É claro que o impacto no trânsito do Centro da cidade e nos acessos que o Centro tem será muito ruim. Os congestionamentos aumentarão muito. E o Governo se mantém inerte. Imaginei até, Sr. Presidente, que o Governador, ao apagar das luzes do seu Governo – e esse apagar das luzes não é só porque ele está saindo, mas porque a luz tem apagado constantemente -, poderia apresentar, associado à exoneração do seu Secretário de Transportes, algum projeto de impacto para minorar essa crise de mobilidade, mas parece que nada irá acontecer. Tudo está programado e previsto para o ano de 2016, quando o Governador não estará mais no cargo e quando a população já terá esgotada a sua paciência pelo volume de congestionamentos e pela péssima qualidade dos serviços de transporte público da nossa Região Metropolitana.

Com essa expectativa que estamos iniciando o ano de 2014. Estamos já com 35 dias de um novo ano, marcado, nos seus primeiros momentos, por uma inflação de 16% na cesta básica, por uma carga tributária de 47% no material escolar, por um aumento geral de tarifa de transporte na ordem de 6%, por juros escorchantes, subtraídos do bolso do povo trabalhador, que tem que recorrer a empréstimos ou a cartão de crédito, que cobram juros anuais acumulados, variando de 250 a 700%. Ressalte-se, que ontem o banco Itaú bateu o recorde de lucro no trimestre passado. Esse é um país em que quem mais ganha dinheiro são os banqueiros, que vivem das dívidas que se acumulam no bolso da população brasileira e no bolso da população fluminense.”