Luiz Paulo pede reflexão sobre a Perimetral

Luiz Paulo pede reflexão sobre a Perimetral

O deputado Luiz Paulo pediu em Plenário que o prefeito reeleito da cidade do Rio de Janeiro refletisse sobre a demolição do Elevado da Perimetral. Salientou a importância do viaduto para o trânsito da Região Metropolitana e que sem ele, será instalado o caos na cidade.

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“Quero dizer que o alcaide reeleito precisa fazer uma reflexão profunda sobre a demolição do elevado da Perimetral. Porque é um bem que não lhe pertence, é um elevado que tem uma função intermunicipal, porque alimenta a Ponte Rio-Niterói, a Linha Vermelha e a Avenida Brasil, por via de consequência, dá acesso à Baixada Fluminense – porque tanto a Linha Vermelha quanto a Avenida Brasil se conectam com a Rio-São Paulo, como também com a Rio-Juiz de Fora -, e também dá acesso aos municípios do outro lado da Ponte, como Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Tanguá, etc.

Demolir esse elevado vai promover um transtorno incomensurável no trânsito da nossa Região Metropolitana, além de um desperdício de dinheiro imenso. Corre o risco do alcaide reeleito, que tanta crítica fez à Cidade da Música, transformar essa demolição do elevado na sua Cidade da Música, porque não houve em hipótese alguma uma consulta popular decente para ver se podia se jogar fora R$ 1,5 bilhão com um apelo estético. Apelo estético que, de forma simplista, os skatistas mostraram, pintando cinco pilares, que é possível ser contornado com algo um pouco mais sofisticado.

Trago essa segunda questão porque já vinha sustentando isso antes das eleições. Nas eleições se recuou por causa da discussão política. E vou continuar essa sustentação com as representações que já fizemos ao Ministério Público Federal, ao Estadual, ao Tribunal de Contas, enfim, buscando todos os caminhos possíveis para que esse crime de responsabilidade não seja efetuado contra o erário.

E até mesmo dizer, Deputada Janira Rocha, que este é dinheiro que veio do FGTS do trabalhador, que não vai onerar os cofres municipais, é um blefe. É um blefe. Porque nesse contrato esse dinheiro será recapturado pela Caixa Econômica com a venda dos adicionais construtivos. Mas se não vier a ocorrer, o responsável por suprir a Caixa desse valor, e o FGTS, é o Município do Rio de Janeiro. Então, na verdade, tem sim um crime de responsabilidade se perpetrando contra o erário municipal. E aí também queremos chamar a atenção desse segundo aspecto.”