No expediente final da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ), ocorrido na quinta-feira, 15 de maio de 2025, o deputado Luiz Paulo fez um apelo público ao comandante-geral da Polícia Militar, Coronel Menezes, pedindo a convocação dos candidatos excedentes aprovados no último concurso público para oficiais da corporação. O parlamentar defendeu a nomeação imediata dos 52 aprovados que ficaram fora da chamada final, mesmo após terem sido considerados aptos e tomarem medidas definitivas em suas vidas pessoais para assumir os cargos.
Segundo Luiz Paulo, o concurso previa originalmente 100 vagas, mas 152 candidatos foram aprovados. A corporação chegou a convocar os 152 inicialmente, mas, ao final do processo, apenas 100 foram oficialmente incorporados. Destes, 11 já desistiram por motivos diversos, o que reduziu o número efetivo de convocados para 89. “Esse concurso tinha regras muito duras: você, para se apresentar, tinha que se demitir do emprego, se fosse celetista, se exonerar do seu cargo público se fosse funcionário público, comprar o enxoval e cortar o cabelo. Isso fizeram os 152. Na hora da chamada final, chamaram os 100 e deixaram os 52 na rua da amargura”, declarou o deputado.
O parlamentar argumentou que os custos financeiros e as decisões pessoais tomadas pelos candidatos aprovados tornaram a situação ainda mais delicada. Segundo ele, muitos desses candidatos investiram cerca de R$ 2.500 para adquirir o enxoval exigido e deixaram seus empregos, confiando na chamada final. Ele considera que, diante da estrutura já montada para formar 100 oficiais, não haveria grande obstáculo em incorporar mais 41, uma vez que 11 vagas já se encontram abertas. “Treinar mais 41 candidatos […] coloca mais cadeira nas salas, faz o dormitório duplo. Enfim, há toda uma possibilidade para isso, mas não é possível essa injustiça perdurar”, afirmou.
Luiz Paulo pediu que a Polícia Militar reavalie a situação e adote medidas para corrigir o que considera uma falha administrativa, destacando que a instituição tem planos de realizar concursos anuais com a convocação de novas turmas. Ele defendeu que a incorporação dos excedentes se daria de forma justa e racional, considerando inclusive o planejamento de médio prazo da corporação.
Ao final do pronunciamento, o deputado reforçou que essa é mais uma demanda que se soma às tantas já encaminhadas à ALERJ sobre concursos públicos, e pediu atenção especial à situação específica desses candidatos. Luiz Paulo concluiu ressaltando a necessidade de uma solução célere e razoável para evitar que prejuízos pessoais e financeiros continuem afetando os aprovados não convocados.
