Luiz Paulo lamenta estado de bens históricos em Petrópolis

Luiz Paulo lamenta estado de bens históricos em Petrópolis

O deputado Luiz Paulo em seu discurso na Alerj comentou o estado de conservação de 17 bens históricos situados em Petrópolis. Lamentou que a Portaria 383 de 20 de agosto de 2013, relativo ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, relaciona o restauro de dezenas e dezenas de imóveis históricos distribuídos pelo Brasil inteiro, contemplando dois Municípios do Estado do Rio de Janeiro, que têm mérito: a Capital e Vassouras, incluídos no PAC do Patrimônio, de um total deste PAC de R$1,6 bilhão, mas não contemplou a Região Serrana.

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“Fico triste porque, mais uma vez, apesar de respeitar a história de Campos, esqueceram-se da Região Serrana, como se aquela nossa querida região não tivesse patrimônio histórico.”

Ele ficou ainda surpreso, com uma matéria jornalística que cita até o prédio do IPHAN como um dos bens em ruínas.

“Fiquei perplexo ao saber que o telhado da construção foi coberto com um plástico azul. O prédio é anexo ao Palácio Rio Negro, de memorável história, tendo sido construído em 1895, há 113 anos, e foi a casa de veraneio de diversos presidentes da República. Lembro-me que, no verão de 1996/97, o então Presidente Fernando Henrique Cardoso, num gesto simbólico para resgatar esses mais de cem anos de história, fez do referido Palácio residência presidencial por uma noite.

Além de Petrópolis, o Município de Campos dos Goytacazes, com sua belíssima história, seguramente tem também algum bem patrimonial da própria União caindo aos pedaços. ”

Luiz Paulo também alertou que a Comissão de Cultura da Alerj pode fazer uma Audiência Pública para verificar a veracidade dos fatos e o que poderá ser feito para minimizar os danos.

“Poderíamos, quiçá, fazermos uma Audiência Pública na Comissão de Cultura com a presença da Secretária de Estado de Cultura, a Sra. Jurema Machado, no sentido de fazer uma verificação desses bens históricos tangíveis que estão ao abandono. Afinal de contas, a história da descoberta do Brasil e do processo migratório em nosso País, queiram ou não queiram, iniciou-se na Bahia e no Rio de Janeiro.

(..).

A minha preocupação é que o Estado do Rio de Janeiro tenha um projeto mais abrangente para disputar esse espaço, porque pelo que parece só Vassouras e a Cidade do Rio de Janeiro se mobilizaram nesse sentido, e é necessário que essa mobilização seja mais ampla.”