Luiz Paulo comenta sobre o oitavo Ministro investigado

Luiz Paulo comenta sobre o oitavo Ministro investigado

Luiz Paulo comenta sobre o oitavo Ministro investigado 1

O deputado Luiz Paulo, em seu expediente final ontem (08) no Plenário, comentou sobre as possíveis fraudes e investigações de mais um Ministro do Governo Dilma.

“Eu prometi ao Deputado Robson Leite, digno membro do Partido dos Trabalhadores, que no Expediente Final, eu falaria sobre o oitavo Ministro que está na marca do pênalti, em apenas um ano de gestão da Presidenta Dilma, que é o Ministro Pimentel – o consultor dos consultores.

Em levantamento recente se verificou que jamais, em tempo algum neste planeta, existiu um consultor que fosse tão bem remunerado. No curto período de tempo em que ficou afastado da Prefeitura de Belo Horizonte, ao período que esteve como um dos maiores coordenadores da campanha da candidata Dilma Rousseff e a data que assumiu o Ministério, ele recebeu a bagatela, Deputados presentes, de R$ 2 milhões.

Realmente, o Ministro Pimentel, no mundo da consultoria, é uma sumidade.

Foi pago a preço de ouro, seguramente proporcional ao seu talento de pertencer ao Partido dos Trabalhadores, de ser coordenador da campanha da Presidente Dilma e, agora, Ministro de S.Exa. Por consultorias mais baratas, Deputado Bernardo Rossi, Palocci saiu do Ministério da Fazenda; ele foi menos valorizado no mercado da Bacia das Almas do que o Ministro Pimentel – oitavo ministro que possivelmente cairá antes de o ano terminar.

O mais grave, Deputado Zaqueu Teixeira, é que quem possivelmente apresentou a denúncia contra o Ministro Pimentel foi o presidente do diretório do PT do Estado de Minas Gerais – o famoso fogo amigo, um sabe da vida pregressa do outro e de suas conquistas através de meios ilícitos, as formas que essas consultorias têm de avançar no erário. Não sei se o Pimentel aprendeu com o Palocci ou se o Palocci aprendeu com o Pimentel, mas a lição foi exatamente a mesma: ambos foram da coordenação da campanha da Presidente Dilma, ambos viraram Ministros e deram consultorias regadas a muitos milhões de reais, que possivelmente saíram do erário através de prestação de serviços à Prefeitura de Belo Horizonte, no caso do Pimentel – e talvez continuem a prestar ao prefeito que o sucedeu, o Prefeito Lacerda.

Tudo isso é muito triste porque o Partido dos Trabalhadores, quando era oposição neste País, era o arauto da moralidade; todos os que estavam no Governo, fossem de qualquer partido, eram corruptos. Mas depois que o PT foi para o Governo, a situação se inverteu, a atiradeira virou vidraça, e somente no Governo Dilma sete Ministros já caíram – seis por suspeita de corrupção e um por falar demais. A bola da vez é o Ministro Pimentel, e como seis caíram por suspeita de corrupção, ele pode ser chamado de Ministro Bola Sete, aquela bola preta da sinuca, a última a morrer para acabar o jogo. É possível que a bola sete, o Ministro Pimentel, caia na caçapa até 31 de dezembro por suspeição de corrupção, por enriquecimento sem causa e por prestar consultorias que ninguém sabe quais foram nem onde estão os documentos escritos dessa consultoria. Sr. Presidente, como engenheiro, já fiz muitas consultorias em épocas pretéritas. Qualquer consultoria tem no mínimo um relatório propondo soluções, fazendo diagnósticos. Jamais dei consultoria verbal, opiniões ou sugestões ou até mesmo “achologias”. Consultoria é uma área de estudos, estudos fundamentados com diagnósticos, pareceres e propostas de soluções.

Por isso, Sr. Presidente, nem a população brasileira fica mais chocada quando vê o Partido dos Trabalhadores envolvido em corrupção, porque esta é a tônica do Governo Federal. Volto a repetir: jamais, em tempo algum, na recente história deste País, um Presidente da República, com apenas um ano de Governo, teve que exonerar ou solicitar que pedissem exoneração sete Ministros de Estado, seis por suspeição de corrupção e um porque falou demais. Volto a dizer: o Ministro Pimentel é a bola sete, a última bola a cair na caçapa no ano de 2011.

(…)Concluindo, (…) Sete Ministros tombaram no Governo Federal, seis por suspeita de corrupção e um porque falou demais.

Aqui, no Estado do Rio de Janeiro, muitas pessoas morreram no acidente do bondinho de Santa Teresa. As barcas estão à deriva, o metrô virou trem superlotado. No trem, não chegam novas composições; no metrô, não chegam trens novos. Na Linha 4, o trecho da Barra começou antes do trecho da Zona Sul e somente agora o projeto teria sido concluído, orçado seu valor global, incluindo rede elétrica, composições etc. em 5,5 milhões de reais. O Secretário ficou escondido durante meses e ninguém sai dos seus postos. É um amor ao cargo excessivo, parece até, não querendo parodiar, que aqui do governo do Estado os secretários não saem nem à bala, como um determinado ministro disse. Ficam ali apegados ao poder como se esse poder, temporário, fosse essência da vida.

Sr. Presidente, concluindo, vamos aguardar o desdobramento da matéria do Ministro Pimentel. Eu entendo que a posição dele é insustentável porque, volto a dizer, toda consultoria prestada e paga vem mediante um trabalho entregue a quem te contratou. Então o Ministro Pimentel tem que vir a público e dizer: “Está aqui, a consultoria que prestei e que custou a bagatela de dois milhões de reais foi mediante esse relatório aqui, sobre a área ‘x’, de 300 páginas, que tem início, meio e fim” – até para verificar se esse trabalho vale a bagatela de dois milhões de reais.

Muito obrigado”