No expediente final da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ), ocorrido na quarta-feira, 5 de junho de 2025, o deputado Luiz Paulo aproveitou a data para fazer uma reflexão sobre as ações e os desafios relacionados à preservação ambiental, com críticas à condução atual das políticas públicas no setor e sugestões voltadas à mobilidade urbana sustentável.
Ao iniciar sua fala, Luiz Paulo destacou a importância da conscientização ambiental nas escolas e ressaltou o papel do reflorestamento em áreas urbanas como uma forma de preservar a fauna, a flora e melhorar a qualidade do ar nas cidades. “É normal, no Dia Mundial do Meio Ambiente, no Dia da Árvore, as escolas conseguirem mudas para os alunos plantarem, tipo ensinando que o reflorestamento é um caminho importante para as cidades terem os seus respiros”, afirmou.
O parlamentar também abordou conflitos internacionais e suas consequências ambientais, citando a destruição gerada por guerras e o descaso com os acordos climáticos globais. Em tom crítico, mencionou que, apesar das discussões recorrentes sobre mudanças climáticas, as ações concretas ainda são insuficientes. Segundo ele, o fortalecimento dos sistemas de Defesa Civil deve ser prioridade, especialmente diante da intensificação de eventos climáticos extremos.
Ao tratar do desmatamento, Luiz Paulo apontou que a expansão de áreas para cultivo de commodities como soja e milho tem gerado danos ambientais significativos. Ele também alertou sobre os impactos da mineração e da especulação imobiliária em áreas preservadas, mencionando o caso da Serra da Tiririca, em Niterói, como exemplo de área que precisa ser mantida. “Enquanto existir a Serra da Tiririca, há um respiradouro que, além disso, preserva a fauna e a flora”, pontuou.
Outro ponto abordado foi a necessidade de se promover uma transição energética, considerando que o petróleo, embora fundamental para a economia fluminense, é um combustível fóssil e poluente. Luiz Paulo destacou a importância do transporte sobre trilhos como alternativa mais ecológica e criticou a destinação majoritária dos recursos do Fundo Estadual de Transporte aos ônibus intermunicipais. Defendeu a tarifa única para todos os modais, com subsídio público, como forma de garantir equidade no acesso ao transporte.
O deputado ainda citou a necessidade de reestruturação da malha ferroviária, mencionando o projeto da Estrada de Ferro 118, que poderia conectar o Porto do Açu a Nova Iguaçu. Para ele, a ampliação do transporte ferroviário de cargas representa uma medida ambientalmente correta e logisticamente eficiente. “Carga não é para transportar por caminhão, carga tinha que ser transportada por trem”, declarou.
Luiz Paulo concluiu enfatizando que políticas públicas voltadas ao meio ambiente e à mobilidade urbana não devem estar condicionadas à orientação política de governos, mas sim pautadas por critérios técnicos e pela responsabilidade ambiental.