CPI das Construtoras ouve imobiliária e construtora

CPI das Construtoras ouve imobiliária e construtora

A imobiliária Julio Bogoricin e a construtora Gafisa  foram  ouvidas, nesta segunda-feira (26/8), pela Comissão Parlamentar de Inquérito criada na Assembleia Legislativa para investigar possíveis crimes contra a economia popular em relação aos atrasos na entrega de imóveis.

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O deputado Luiz Paulo, vice-presidente da Comissão questionou a imobiliária com relação a um possível caso de estelionato, a qual a Julio Bogoricin se isentou de qualquer culpa, afirmando que neste caso específico não houve a venda por parte da imobiliária e sim da construtora AG Prima, convidada a participar desta oitiva, mas que não enviou representante. Leila Bogoricin, diretora-presidente da Imobiliária, alem de ter entregue um dossiê sobre suas atividades em parceria com a construtora AG Prima afirmou que a empresa apenas promove intermediação entre adquirentes e construtoras, não tendo qualquer obrigação no sentido de construir e entregar imóveis. Frisou também que após ter constatado um problema entre o dono do terreno e a AG Prima, encerrou seu contrato com a mesma, acionando-a na Justiça. Ressaltou que quando sua empresa foi contratada pela AG Prima, a mesma apresentou todos os documentos necessários para o empreendimento, como licenças ambientais, o projeto aprovado, autorizações de órgãos reguladores, incluindo a promessa de compra e venda do terreno devidamente registrada, além de se apresentar como uma empresa reconhecida pela Caixa Econômica Federal (CEF) como apta.

A empresa Gafisa prestou esclarecimentos através de seu diretor de incorporações, Alexandre Millen, que informou que hoje a construtora tem 19 empreendimentos entregues e seis ainda com obras em andamento. Questionado sobre dois grandes atrasos em entrega de imóveis, um na Zona Oeste da capital fluminense, no bairro Recreio dos Bandeirantes, e um em Niterói, que teriam ultrapassado 20 meses, o representante informou que a empresa sofreu com problemas de remoção de rochas e de falta de mão de obra qualificada em ambos os casos. Alexandre Millen ressaltou que no caso do Recreio dos Bandeirantes contratou os melhores especialistas em contenção de encostas do mercado, além de ter investido três vezes o previsto no empreendimento, para minimizar os danos causados a seus clientes. Sobre o caso de Niterói, pontuou que na ocasião fez um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) junto ao Ministério Público (MP-RJ), e que cumpriu à risca todos os compromissos assumidos.