Autovistoria fecha espaço com corrosão em prédio na Barra

RIO – Os moradores do condomínio Waterways, na Avenida Lucio Costa, não esperavam, mas acordaram no dia 14 de fevereiro e encontraram o Clube Píer Six, um espaço interno para festas, fechado. A medida foi tomada por precaução, uma vez que o teto de metal apresentava sinais de corrosão pela ação da maresia, a pista da sala de jogos estava danificada por infiltrações e cupins e a escada de acesso sofrera um processo de oxidação. A construção, até então, parecia perfeitamente conservada para os moradores.

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Os problemas, que poderiam levar ao colapso da estrutura, só foram identificados porque o condomínio de nove blocos, com 465 apartamentos, realizou uma autovistoria, medida obrigatória por decreto do prefeito, que regulamentou a lei complementar 126/13, do município, e a lei 6.400/13, do governo estadual. Válida desde o ano passado, a Lei da Autovistoria se aplica a todas as construções com mais de dois pavimentos e habite-se concedido há mais de cinco anos. O prazo para a realização da inspeção venceria no início do ano, mas foi prorrogado por 180 dias, até 1º de julho, devido à baixa adesão. Quem não fez, pode receber multa.

O Waterways é uma exceção. Na Barra, até agora apenas 810 prédios concluíram o processo. Em levantamento de 2011, o bairro figurava na lista da Secretaria municipal de Urbanismo como o terceiro com maior número de apartamentos, atrás de Copacabana e Tijuca. Na cidade toda, são 270 mil edificações, e menos de 5% (cerca de 13 mil) entregaram o laudo da autovistoria à prefeitura.

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Por: Fábio Teixeira / O Globo

Foto: Felipe Hanower / O Globo